Policiais presos em Manaus têm até acesso a celulares, afirma promotor
- Criado: Sábado, 30 Abril 2011 17:45
- Publicado: Sábado, 30 Abril 2011 17:40
Ministério Público do Estado (MP-AM) começou a investigar a denúncia de que policiais civis e militares presos nos regimes fechado e semiaberto estão recebendo privilégios.
Atualmente, há 65 PMs e oito policiais civis presos. Foto: Arlesson Sicsú Manaus - O Ministério Público do Estado (MP-AM) começa a investigar a suspeita de que policiais militares e civis presos nos regimes fechado e semiaberto estão recebendo privilégios dos responsáveis pelos comandos do Batalhões de Guardas onde estão detidos. Uma das suspeitas foi confirmada pelo promotor do MP-AM, Fábio Monteiro, que atua no 1º Tribunal do Júri. As denúncias vão ser investigadas pela Promotoria Especializada no Controle Externo da Atividade Policial (Proceap).
Monteiro afirmou que na quinta-feira, o cabo da Polícia Militar (PM) Helliton Socorro de Freitas, condenado a 27 anos de prisão pela morte da esposa, entrou no auditório do 1º Tribunal do Júri, onde foi julgado e condenado, falando ao telefone celular. Para o promotor, o preso não poderia estar usufruindo do benefício, uma vez que já havia sido condenado, anteriormente, pela Justiça. “Isso demonstra mais uma vez, que esses locais não são adequados para receber presos”, comentou ele.
O promotor disse, ainda, que esta não foi a primeira vez que o MP-AM recebe denúncias sobre este tipo de caso. Nesta sexta-feira, promotores do Proceap estiveram no Batalhão de Guardas, no Monte das Oliveiras, zona norte, mas segundo o promotor Ítalo Klinger, o objetivo da inspeção não pode ser divulgado.
Atualmente, segundo o subcomandante da Polícia Militar, coronel José Alves, 65 policiais militares, oito policiais civis e um promotor encontram-se presos, distribuídos no Batalhão de Guardas, no Batalhão Rocam e no Choque. Deste total, 35 cumprem pena no regime fechado, ou seja, que deveriam ter apenas os benefícios das visitas e banho de sol.
De acordo com o coronel, o comando desconhece as denúncias. “Até agora não fomos informados de nada, mas queremos deixar claro que não compactuamos com esse tipo de atitude e vamos investigar também”, garantiu ele.
(Fonte: Diário do Amazonas)