Entrevista com o Promotor de Justiça Luiz Alberto Vasconcelos.

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O Promotor de Justiça Luiz Alberto Dantas de Vasconcelos é titular da Comarca de Benjamin Constant, no interior do Amazonas. Nesta entrevista, ele fala sobre sua atuação na Polícia Civil e na Defensoria Pública do Estado, e também sobre o exercício profissional de um Promotor de Justiça no interior do Estado.


AIDC: Descreva sua trajetória inicial na área do Direito.

Fui servidor público estadual e federal de 1987 a  1998, e conclui o curso de Direito pela Universidade Federal do Amazonas no ano de em 97. Exerci a advocacia de 1997 a 2001, e logo em seguida fui Delegado da Polícia Civil do Amazonas, de 2002 a 2004. Exerci também o cargo de Defensor Público do Amazonas de 2004 a 2009. No Ministério Público do Amazonas ingressei no dia 17 de julho de 2009.

AIDC: Ser membro do Ministério Público do Amazonas já era uma meta traçada na sua vida?

Desde quando fui estagiário do MP-AM no ano de 1995, defini como meta profissional ser Promotor de Justiça do Estado. Portanto, realmente era a minha meta.

AIDC: Atualmente, você é titular da Comarca de Benjamin Constant. Quais são as denúncias mais frequentes que passam pela Promotoria de Justiça?

Tráfico e uso de drogas, furto, receptação, estupro comum e de vulnerável e violência doméstica.

AIDC: Como é o trabalho da sua Promotoria? Fale das metas e desafios de um Promotor de Justiça que trabalha no Interior do Estado.

O trabalho na Comarca, além da realização profissional em si, é um grande desafio, sobretudo, pela completa ausência do Estado e de grande parte das políticas públicas que se limitam a atender a capital do Estado. Mesmo porque é também papel do Ministério Público fazer com que as políticas públicas cheguem a todas as cidades. Tenha como uma das metas desenvolver projetos que aproximem mais o MP da sociedade, especialmente discutindo assuntos de interesse local com a sociedade, seja através de audiências públicas, reuniões e palestras.

AIDC: Como analisa o exercício da sua profissão no MP-AM e as ações da instituição com o passar dos anos?

O exercício das atribuições institucionais torna-me um homem realizado profissionalmente e ciente da grande responsabilidade de tornar essa respeitável instituição cada vez melhor e confiável, depositária da esperança de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária, onde os recursos públicos realmente tenham destinação proba e pública.

"Amo o que faço. Infelizmente ingressei um pouco tarde nesta instituição, e, muito provavelmente devo chegar à capital próximo do período de aposentadoria, mas isso só aumenta minha pressa de fazer o melhor que posso pelo MP-AM e pela sociedade em menos tempo possível".