MPAM deflagra operação Pundonor contra policiais militares por crime de extorsão

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Foram cumpridos seis mandados de prisão contra cinco militares e um civil, por extorsão. O Gaeco continuará investigando o caso.

Na manhã desta segunda-feira, 30, o Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou a operação chamada “Pundonor”, que visa o cumprimento de medidas no interesse de investigação acerca da prática de crimes de extorsão, tendo entre os investigados policiais militares. Na ocasião, foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão. Essas deliberações se dirigiam a servidores da Polícia Militar, sendo um oficial e quatro praças. Todos os mandados foram cumpridos em Manaus.

De acordo com o Coordenador do Gaeco, o Promotor de Justiça Igor Starling Peixoto, não está descartada a possibilidade de que mais pessoas estejam envolvidas no caso. “O mandado de busca e apreensão instrumentaliza a nossa investigação com construção de um caminho e formação de provas suficientes até o determinado momento”, declarou o Coordenador.

O grupo abordava pessoas e “plantava” ou descobria algum tipo de irregularidade cometida por elas. Com base nisso, faziam chantagem com as vítimas – ameaças de morte, tortura e agressão - e as extorquiam para que o possível ato criminoso não fosse revelado. Entre as vítimas estão alguns empresários da região. Segundo levantamento de informações feito durante o curso das investigações, a extorsão envolve grandes valores. Os investigados usaram aparato da polícia militar para a prática dos crimes.

O Promotor de Justiça e membro do Gaeco Armando Gurgel Maia, esclareceu que algumas informações permanecerão em sigilo, para que não haja interferência no processo de investigação. “O Ministério Público não está, definitivamente, imputando nenhum fato, porque, até o momento, não oferece denúncia contra ninguém. As investigações prosseguem com o acolhimento de diversos materiais, que estão sob análise dos nossos laboratórios, além da extração de dados. Outros elementos serão devidamente relatados e concatenados dentro daquilo que já possuímos no caso”, declarou o promotor de Justiça.

A operação foi conduzida pelo Promotor de Justiça da Auditoria Militar e Coordenador do Gaeco, Igor Starling Peixoto, e apoiada pelo Procurador-Geral de Justiça, Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior. “O Ministério Público do Amazonas, juntamente com o Gaeco, segue inabalável na missão de combater a corrupção e o crime organizado. Não nos furtaremos em enfrentar - com veemência - estes males que atingem a sociedade em todos os seus aspectos, intermediados por ações criminosas estabelecidas, impedindo a promoção da justiça e o avanço do Estado ”, declarou o PGJ.