Promotor aposentado é preso em Apuí suspeito de tentar matar ex-segurança
Vítima, de acordo com o Ministério Público, já havia denunciado que estava sofrendo ameças de morte
Manaus - O promotor de Justiça aposentado Jonas Neto Camelo foi preso, ontem, no município de Apuí (a 453 quilômetros ao sul de Manaus), suspeito de atropelar e tentar matar o ex-segurança identificado como Osvaldo Santos de Souza, segundo informou o juiz da comarca de Apuí, Jeferson Galvão de Melo, que decretou a prisão do suspeito.
Segundo ele, Osvaldo já havia denunciado Jonas por ameaças de morte e o caso vinha sendo investigado pelo Ministério Público do Estado (MP-AM) em Apuí. Em nota, o MP informou que “o promotor aposentado tentou contra a vida da vítima Osvaldo Santos de Souza, a qual se encontra hospitalizado em estado grave”. Além do promotor, mais três estão com a prisão preventiva decretada por suspeita de participação no ocorrido.
O promotor aposentado, de acordo com o juiz, nega ter sido o autor do crime e das ameaças de morte contra o Osvaldo, informou o juiz da comarca.
A tentativa de homicídio, de acordo com Jeferson Galvão, ocorreu no último domingo pela manhã, na sede do município. Segundo depoimento de testemunhas e da vítima, Osvaldo foi atropelado por uma caminhonete, que era dirigida pelo promotor aposentado e, após cair no chão, foi perseguido por dois homens armados, ainda não identificados. “Ele saiu gritando e conseguiu entrar em casa, pegar uma arma e atirar contra os homens, que fugiram”, disse o magistrado.
Após ter a prisão decretada, segundo o MP-AM, Jonas se apresentou à Justiça e está preso em uma sala do Fórum da Comarca de Apuí. A previsão, de acordo com o juiz, é de que ele seja transferido, hoje, para Manaus com escolta do Grupo Raio da Polícia Militar (PM), onde terá direito a prisão em regime especial.
Até 2009, Jonas era o promotor titular da comarca de Apuí. Ele foi aposentado compulsoriamente por decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que investigava o superfaturamento na compra de um imóvel do MP-AM em Apuí, onde Jonas mantinha residência fixa.
‘Sociedade’
De acordo com o juiz Jeferson Galvão de Melo, Osvaldo havia denunciado, oficialmente, no mês de março, que estava sofrendo ameaças de morte por parte do promotor Jonas. Segundo a denúncia investigada pela promotora de Justiça substituta da comarca de Apuí, Christiane Brandt, Osvaldo e Jonas mantinham sociedade em alguns negócios, o que ainda está sendo apurado. Osvaldo afirmou, em depoimento, que ele havia arrendado uma fazenda para Jonas e que, agora, o promotor não queria desfazer o negócio, o que pode ser o motivo da ameaça.
Segundo informou a promotora Christiane Brandt, Osvaldo foi internado na unidade de saúde do município e tem um quadro estável de saúde, apesar dos ferimentos sofridos com o atropelamento. Ela ressaltou que a motivação do crime ainda está sendo apurada e que somente ao final das investigações o MP-AM poderá dar mais informações sobre o ocorrido.
Fonte: Diário do Amazonas de 29 de março de 2011
Posse da Nova Diretoria da AAMP
O Procurador-Geral de Justiça autorizou, por meio da Portaria nº0435/2011/PGJ, os Promotores de Justiça de Entrância Inicial e Substitutos a participarem da solenidade de posse da nova diretoria da Associação Amazonense do Ministério Público, a ser realizada no Auditório Procurador-Geral de Justiça Carlos Alberto Bandeira de Araújo, na sede desta Procuradoria, no próximo dia 31.03.2011, desde que a ausência dos membros em suas comarcas não cause prejuízo às atividades ministeriais.
A Portaria- 0435/2011/PGJ está disponível na íntegra através do atalho abaixo:
Procurador João Bosco Sá Valente começa a ouvir autoridades sobre o caso Consladel
Subprocurador e Secretária Geral se reúnem com PGJ de Santa Catarina
Tribunal afasta juiz investigado por fraudes em empréstimos
O TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, em Brasília, afastou o juiz federal Moacir Ferreira Ramos, investigado por suposta participação em uma fraude que desviou dinheiro de empréstimos concedidos por uma fundação ligada ao Exército.
Auditoria da associação de juízes que Ramos já presidiu revelou que entre os beneficiários dos empréstimos estão associados fantasmas ou usados como laranjas.
Como a Folha revelou, cerca de 700 contratos de empréstimos foram feitos em nome de 140 magistrados que desconheciam o fato.
Ramos é investigado por supostamente ter firmado os contratos e ficará afastado até que seja concluído o processo de sua aposentadoria.
Juízes lesados temem que o afastamento de Ramos em meio às investigações no tribunal dificulte uma eventual punição do magistrado.
O "Diário da Justiça" desta quarta-feira publicou ato afastando Ramos "até conclusão do processo de verificação de invalidez".
Esse tipo de processo costuma ser demorado, pois depende de perícias médicas.
Magistrados dizem que o tribunal poderia ter aguardado a conclusão das investigações. Citam resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) determinando que o juiz que estiver respondendo a processo administrativo disciplinar "só será exonerado a pedido ou aposentado voluntariamente após a conclusão do processo ou do cumprimento da pena".
Por enquanto, ele responde ao chamado "procedimento avulso". Ou seja, uma investigação preliminar.
Em dezembro, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu o afastamento do magistrado, determinado pelo CNJ. Em janeiro, o TRF rejeitou proposta da corregedoria para afastar imediatamente o juiz e instaurar um processo disciplinar.
OUTRO LADO
"O pedido de aposentadoria é um ato pessoal meu. Não visa a me afastar da apuração dos fatos", diz Ramos. Ele alega que se submeteu a tratamento contra câncer em 2005, e que os desgastes recentes agravaram seu estado de saúde.
O TRF informa que o procedimento administrativo continua, em paralelo à aposentadoria.
Fonte: Folha Online (Frederico Vasconcelos)
Familiares, pacientes e MPE denunciam descaso no tratamento do Câncer
“Depois desta segunda operação, a saúde do meu pai piorou”, afirmou a filha.
Sem remédio, médico e desfibrilador
Fundação Cecon se isenta de culpa
De qualquer forma, a família adianta que tomará todas as medidas judiciais possíveis. “Não se trata de dinheiro. É preciso uma humanização por parte deles (do FCecon). Quero que o sistema funcione de fato”, desabafa Carlos.
MPE