GAECO comemora Dia Internacional Contra a Corrupção traçando metas para 2017

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O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), comemorou a passagem do Dia Internacional Contra a Corrupção – 9 de dezembro – fazendo um balanço das operações deflagradas pelo órgão ministerial ao longo de 2016 e anunciando as metas para 2017. Além das operações Cauxi, deflagrada em Iranduba, Timbó, em Santa Isabel do Rio Negro, e Zagaia, que foi um desdobramento da Timbó, o MP-AM participou, ainda, da operação nacional para o esclarecimento do crime de racismo sofrido pela jornalista da Globo, Maria Júlia Coutinho. Segundo o Coordenador do GAECO, Procurador de Justiça Mauro Veras, em 2016 o MP-AM teve uma participação muito expressiva no combate à corrupção e a meta para o próximo ano é melhorar a estrutura do órgão ministerial, para garantir maior efetividade no combate à corrupção.

Por meio de investimentos em tecnologia de investigação e recursos humanos, a coordenação do GAECO prevê uma atuação ainda mais efetiva do órgão ministerial no combate à corrupção. “O MP está se estruturando para otimizar o processo de investigação, não só para uso do GAECO , mas também para auxiliar nos trabalhos desenvolvidos pelas promotorias envolvidas direta ou indiretamente em investigações de combate a desvios de recursos, combate ao crime organizado e corrupção em geral. Nossa meta e nosso interesse é garantir uma atuação mais eficiente e mais eficaz do que foi o ano de 2016”, destacou o Procurador de Justiça Mauro Veras.

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Para o Procurador, a corrupção é o pano de fundo da crise institucional que se instalou no Brasil e o Ministério Público não poderia ficar de fora desse esforço concentrado, que envolve outras instituições importantes, como o CGU, MPF, Tribunal de Contas, Polícia Federal, todas engajadas no processo de combate à corrupção. “Lutamos pelo retorno da esperança. A sociedade tem esperança de dias melhores, da punição dos maus gestores, da aplicação correta do dinheiro público, e isso virá com o combate ao crime, ao mal feito, com a identificação e punição dos criminosos. Não se trata de idealismo, mas de fazer o que precisa ser feito, o que não é obra de uma só pessoa, mas de uma equipe, unida, que tem objetivos comuns e objetivos institucionais, que nos permitirão concretizar os dias melhores pelos quais a sociedade anseia”, disse.

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O desdobramento das operações deflagradas pelo GAECO/MP-AM é outra preocupação dos membros do grupo. Segundo o Promotor de Justiça Alessandro Samartin, nesta semana, teve início a fase de instrução da Operação Cauxi, no município de Iranduba. As denúncias da Operação Timbó e Zagaia também foram oferecidas, e já se encontram em poder do Judiciário. “O próximo passo para 2017 é fazer com que a Timbó e a Zagaia sigam o mesmo caminho da Cauxi, ou seja, que os acusados sejam levados a julgamento e que haja a recomposição dos cofres públicos, com a condenação dos envolvidos”, declarou.

Para o promotor, a Cauxi é emblemática não só por ter sido a primeira e a mais bem-sucedida operação deflagrada pelo MP-AM, mas também pela fase de instrução iniciada esta semana, o que contraria a perspectiva de impunidade reinante até então. “Não basta mais deflagrar a operação, precisamos dar continuidade ao processo no âmbito do judiciário, com o julgamento, na Justiça, desses crimes, seja para condenar, seja para absolver. É muito importante que as operações tenham esse prosseguimento para garantir à sociedade a efetividade das punições porque, com o fim da impunidade, temos aumento do controle dos gastos públicos e redução dos desvios, que via de regra, são registrados na gestão dos recursos públicos”, afirmou o Promotor de Justiça.

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A operação deflagrada em Santa Isabel, segundo ele, também se tornou emblemática porque mostra que nenhum município está imune à investigação ministerial. “Defendemos a ideia de que a corrupção não deve prevalecer em lugar algum. A luta do MP é indormida, lutamos para aprimorar a fiscalização e garantir a punição, visando os interesses e direitos da sociedade quanto à correta aplicação dos recursos públicos”, acrescentou o Promotor.