MP-AM faz audiência com representantes de bancos para minimizar efeitos da greve

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Na manhã desta sexta-feira, 23 de setembro, representantes de instituições financeiras que operam no Amazonas e o Promotor de Justiça, Otávio Gomes, titular da 51ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (PRODECON), se reuniram na sede do MP-AM para discutir sobre os efeitos e prejuízos que a greve dos bancários tem causado aos consumidores no Amazonas.

A greve da categoria completa 18 dias com adesão de cerca de 80% das agências bancárias em Manaus nesta sexta-feira (19). O balanço foi divulgado pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Amazonas (Seeb-AM). A estimativa da entidade é de que 1.700 bancários interromperam as atividades na capital e no interior do estado.


De acordo com o Promotor Otávio Gomes, milhares de consumidores estão tendo prejuízo devido à suspensão de atendimento nas agências porque muita gente ainda tem dificuldade para realizar operações bancárias via internet ou pelos caixas eletrônicos. “Isso fez com que a gente fizesse uma audiência, hoje com Banco do Brasil e Bradesco, no sentido de tomarmos conhecimento e verificar a situação a fim de se tomar providências e evitar mais prejuízos aos consumidores”, afirmou.


Os representantes dos bancos afirmam que o controle das negociações com os trabalhadores é em Brasília, mas tentam diminuir as dificuldades dos clientes que procuram por atendimento nas agências com informações e funcionários que auxiliam as operações nos caixas eletrônicos.


O Ministério Público do Amazonas deve notificar representantes de outras instituições bancárias para outra audiência com data ainda a ser definida. “Estamos iniciando um procedimento para chegarmos a um denominador comum se conseguimos ajustar com os bancos, do contrário podemos partir para um pedido de intervenção judicial porque isso não pode perdurar”, concluiu o Promotor de Justiça.


A paralisação da categoria iniciou no último dia 6. A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) - rejeitada pelos bancários de todo país - é de reajuste de 7%  sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e ainda abono de R$ 3 mil. Os bancários cobram o reajuste a partir do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e mais 5% de ganho real.