MP-AM intervém na ARCAM

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A Associação dos Renais Crônicos do Amazonas (Arcam) sofreu intervenção do Ministério Público do Estado (MP-AM), até que se comprove a regularidade contábil e administrativa da entidade. Para isso, um relatório contendo todas as informações está previsto para ser apresentado no dia 30 de março ao MP-AM, ocasião em que será definida a data para a realização da assembleia geral para a escolha da nova diretoria.


Uma comissão responsável pela intervenção, composta por três membros da diretoria da Arcam, e três associados reclamantes, foi montada para atuar na transição da diretoria. Os trabalhos são acompanhados pela Promotora de Justiça Sheyla Dantas Frota de Carvalho, da 46ª Promotoria de Justiça.


A suposta comissão da entidade foi apresentada no final do segundo semestre do ano passado ao Ministério Público por um grupo de pacientes e associados da Arcam.
Segundo o paciente Osmar Batista Borges, um dos reclamantes, em maio deste ano, o grupo solicitou a prestação de contas referente a 2014, porém, recebeu do atual gestor da Arcam, Gláucio Bessa, apenas rascunho do balanço financeiro.


O motivo da solicitação da demonstração financeira e patrimonial, conforme o processo nº 957399, protocolado no Ministério Público, se deu após a perda da sede da Arcam, dos convênios, da suspeita do desvio das cestas básicas recebidas, por doação do Governo do Estado, para outros fins e da ausência das Certidões Negativas de Débitos (CNDs).

Conforme as denúncias, a sede da Arcam, localizada na rua Codajás, 277, Cachoeirinha, na Zona Sul, está fechada há seis meses, em decorrência da não quitação do débito do aluguel. “Os pacientes estão sendo prejudicados, pois, a Arcam contribui de forma significativa no encaminhamento de pacientes para o tratamento”, disse  Thiago Coelho, que é paciente renal crônico.
De acordo com Osmar Batista Borges, a dívida contraída de junho do ano passado a janeiro deste ano, com o aluguel em atraso da sede da Arcam, chega a R$ 27, 7 mil.