Ipixunenses denunciam operadora Vivo em audiência pública

AUDIENCIA PUBLICA IPIXUNA

 

A insatisfação dos moradores de Ipixuna com os serviços de telefonia da Vivo veio à tona, na última quarta-feira, 2 de dezembro de 2015, durante audiência pública promovida pela Promotoria de Justiça do Município localizado a 1.364 quilômetros de Manaus. O evento, realizado no salão paroquial da Igreja Católica, foi promovido e coordenado pelo Promotor de Justiça Iranilson Ribeiro, como parte do Inquérito Civil instaurado com base em abaixo-assinado dos moradores.

“Já expedimos requisições para que a Vivo e a Anatel prestem informações sobre o não funcionamento da rede de dados da Vivo em Ipixuna”, adiantou o Promotor de Justiça, destacando, ainda, a importância da audiência pública no processo de coleta de informações para instruir o inquérito civil e subsidiar eventual ação judicial contra a Vivo. O Promotor informou que, embora tenham sido convidadas previamente pelos correios e por e-mail, a empresa e a Agência Nacional de Telecomunicações alegaram não poder comparecer ao evento.

Estiveram presentes à audiência pública, tomando assento à Mesa, o vereador Leonardo Neto, representando a Câmara Municipal do Município; o presidente da Associação Comercial de Ipixuna, Jorgemar Oliveira da Silva; o advogado do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Jonathan Ferreira, representando a prefeitura de Ipixuna, o gerente da Eletrobras Amazonas Energia, David Costa, o delegado Everty Sandro Pereira e o pároco Néris França.

O gerente da Eletrobras Amazonas Energia, David Costa, rebateu os argumentos da Vivo de que as falhas no serviço de telefonia seriam resultado dos cortes no fornecimento de energia. Segundo David Costa, as falhas no fornecimento de energia não justificam a queda no sinal da Vivo porque são poucas e de curta duração. Para o gerente da Eletrobras Amazonas Energia, provavelmente o banco de baterias da Vivo não funciona ou, simplesmente, não existe.
O representante da Associação Comercial de Ipixuna, Jorgemar Oliveira da Silva, informou que o comércio local vem sofrendo prejuízos nas transações comerciais pela falta de sinal ou queda nas chamadas da Vivo. Jorgemar Oliveira da Silva disse que, como muitos em Ipixuna,  paga por um plano que inclui ligações, sms e internet, mas, sem internet, paga por um serviço que não funciona.

A população reforçou as queixas da Associação Comercial de Ipixuna, por meio de relatos que confirmam o pagamento de pacotes de telefonia com internet, no valor de R$ 34,99, que só permitem ligações e o envio precário de SMS.

Em outros depoimentos, ficou evidente que o serviço de internet da Vivo só funcionou logo após a instalação da empresa no município e, mesmo sem funcionar, a população continua recebendo constantes ligações e mensagens da Vivo, oferecendo pacotes que incluem internet. Dois moradores chegaram a apresentar ao Promotor de Justiça Iranilson Ribeiro, as mensagens que recebidas.

Ao final da audiência pública, o Promotor de Justiça disse que havia colhido depoimentos de revendedores de chip da Vivo, informando, ainda, que estava  aguardando a resposta da Vivo e da Anatel, antes de adotar as medidas cabíveis pela melhoria da telefonia móvel e rede de dados de Ipixuna.