MP-AM deflagra operação Black Out II

invasao
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), por meio do Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-AM), realizou, na última sexta-feira, 23 de outubro de 2015, a Operação Blackout II, na ocupação "Cidade das Luzes", no bairro Tarumã, na Zona Oeste.

Além do MP-AM e da SSP, a operação teve participação da Polícia Civil do Amazonas (PCAM), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), da Eletrobras Amazonas Energia, do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), da Superintendência Estadual de Habitação (Suhab) e da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf).
Segundo o Procurador-Geral de Justiça, o objetivo estratégico desta fase da operação foi o enfrentamento da parte estrutural da ocupação, combatendo diretamente a atividade econômica no local. Vários estabelecimentos comerciais irregulares foram fechados, caminhões, tratores e, ainda,  um transformador elétrico foram apreendidos.
“Os proprietários desses estabelecimentos, comandados por facções criminosas, obrigavam os moradores a adquirir de ditas organizações ilícitas, materiais de construção e outros bens necessários à permanência e subsistência dos moradores no local. Não entravam caminhões de entrega de estabelecimentos externos”, disse o PGJ, que revelou, também, que alguns materiais de construção, como barro, eram retirados da própria área e vendidos aos moradores.

 

fotofabioc


Prevenção a crimes eleitorais

O Procurador-Geral de Justiça destacou o fato de que, em períodos que antecedem eleições, as atividades de pessoas ligadas às invasões de terras se intensificam em Manaus. Segundo ele, independentemente da atuação dos gestores públicos, grupos de pessoas “mal intencionadas”, pessoas que até se profissionalizaram na atividade conhecida como “indústria da invasão”, acabam por tentar corromper o processo eleitoral, negociando apoio de grande quantidade de pessoas “carentes”, em troca de apoio e estímulo às invasões.
“Nosso objetivo é atuar, de forma consistente, ainda este ano, juntamente com a Secretaria de Segurança, não apenas no aspecto pontual da localidade, mas também no aspecto pedagógico, deixando claro que tais condutas não serão admitidas isso não será possível. Os órgãos estão muito interligados, o investimento que o MP está fazendo em inteligência, a Secretaria de Segurança da mesma forma, nos dá ferramentas para monitorar diversas áreas que estão sendo preparadas para, eventualmente, serem invadidas, para que atuemos com rigor e não permitamos que isso aconteça”.”, disse o Procurador-Geral de Justiça, Dr. Fábio Monteiro.