Condenação de réu tranquiliza comunidade
- Criado: Quarta, 03 Junho 2015 17:01
- Publicado: Quarta, 03 Junho 2015 17:01
Heberson Monteiro Lopes, apelidado de “Pesadelo”, foi condenado, hoje, dia 3 de junho de 2015, a 11 anos de reclusão pela morte do jogador de futebol amador Cleuto Ferreira Frade, ocorrida em dezembro de 2012. Cleuto foi morto com um tiro no rosto, por volta de 12h, no bairro Crespo, Zona Sul de Manaus, enquanto conversava com parceiros de futebol. O titular da 20ª Promotoria de Justiça, com atuação junto à 3ª Vara do Tribunal do Júri, Rogério Marques Santos, avaliou como correta a dosagem da pena, muito acima do mínimo legal, de seis anos.
“Ele me pareceu mais perigoso que a média do réus do Júri, já foi condenado por porte de arma de fogo, responde a processo por roubo e a outro processo por homicídio no 2º Tribunal do Júri”, avaliou o Promotor.
Segundo o Promotor de Justiça, em boa parte dos casos do Tribunal do Júri Popular figuram como réus pessoas que nunca cometeram crime, que levam uma vida dentro da legalidade, mas que, por algum motivo fortuito, terminam por matar alguém. Na opinião de Rogério Marques, o caso de Heberson é bem diferente dos demais e mereceu pena mais dura. Consta da denúncia do Inquérito Policial e da Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) que o Heberson matou Cleuto por vingança. Um mês antes eles dois tiveram uma briga em que Cleuto agrediu Heberson fisicamente.
Abaixo-assinado feito contra réu
Além de ter sido condenado a 11 anos de reclusão, a sentença do juiz do 2º Tribunal do Júri Popular, Mauro Antony, determina que Heberson pague uma indenização no valor de R$ 3 mil à família de Cleuto Ferreira Frade. “Fixo como valor de reparação à família da vítima, nos termos do artigo 387 do Código de Processo Penal, R$ 3 mil”, consta da sentença feita pelo magistrado.
A condenação de Heberson atende, de certa forma, aos anseios de parte da comunidade do bairro do Crespo, onde Heberson viveu, antes de ser preso, e que afirmou ao Promotor Rogério Marques que era amedrontada por ele. “A comunidade onde ele morava me entregou um abaixo-assinado subscrito por 250 pessoas que pediam para que ele ficasse preso. Ele impunha medo na comunidade, roubava, tentou até estuprar crianças. Uma pessoa como essa tem de ser afastada do convívio social”, afirmou o Promotor.