Procurador-Geral recebe compradores da PDG

 

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O Procurador-Geral de Justiça do Estado do Amazonas (MP-AM), Carlos Fábio Braga Monteiro, recebeu, na manhã do dia 19 de novembro de 2014, na sede do MP-AM, um grupo de compradores de imóveis da empresa PDG Imobiliária. O grupo procurou o órgão para denunciar a PDG Imobiliária pelo atraso de mais de quatro anos na entrega de casas e apartamentos. Eles pediram ao Procurador-Geral que ajuíze uma ação contra a empresa.

Segundo os compradores, a empresa atuava, antes, apenas como imobiliária, mas, nos últimos anos, após comprar construtoras menores em todo o país, passou a atuar, também, na construção de imóveis e no lançamento de empreendimentos. Diante do atraso na entrega dos imóveis, os compradores querem impedir que a empresa continue efetuando cobranças de prestações e demais taxas e, também, de lançar novos empreendimentos.

“O problema é muito grave. Nós estamos sendo lesados há mais de quatro anos. As obras estão atrasadas e a empresa continua nos fazendo cobranças, sem dar sinal de que os imóveis serão entregues", declarou o delegado Divanilson Cavalcante. Segundo ele, a situação tem caráter difuso porque são vários empreendimentos lançados pela PDG e as obras são realizadas pela PDG, com construtoras diferentes. "Tudo isso para dificultar, até, uma ação contra a empresa”, reiterou o delegado.

Com base em informações do site da PDG na internet, o grupo de compradores alega que a empresa atua em outros estados do Brasil e possui 13 empreendimentos em diversas zonas de Manaus, em bairros como Adrianópolis, Aleixo, Morada do Sol, Alvorada, Dom Pedro e Ponta Negra.

O delegado Divanilson Cavalcante disse que a Revista Exame divulgou, recentemente, uma pesquisa que pode ser acessada por intermédio de seu site, a respeito do mercado de imóveis em que a PDG aparece com as ações em franca queda, na bolsa de valores. Ele destacou ainda que a empresa é uma das líderes de ações na Justiça, no mercado da Construção Civil. “Algo precisa ser feito para que a empresa pare de lesar as pessoas e para que nosso problema seja resolvido", concluiu.

Na reunião, os compradores afirmaram que, apenas em Manaus, a PDG, associada a outras construtoras, lançou empreendimentos que têm em torno de 3 mil compradores. Depois de ouvir a denúncia, o Procurador-Geral Fábio Monteiro se comprometeu em tomar as providências cabíveis. “Conversamos com o grupo, verificamos a situação de forma inicial e o Ministério Público vai investigar o caso e verificar que medidas podem ser tomadas”, afirmou o Procurador-Geral.

Os compradores deixaram a sede do MPE dizendo que aguardarão as ações do MP-AM, no sentido de, ao menos, suspender o pagamento de prestações, já que as obras estão atrasadas.