TRE-AM absolve Promotora
- Criado: Quarta, 30 Março 2011 15:25
- Publicado: Quarta, 30 Março 2011 15:23
Sandra Miranda era acusada de ser imparcial nos pareceres eleitorais por ser amiga do prefeito da cidade
O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas absolveu na última terça-feira, 29 de março, por unanimidade, a Promotora de Presidente Figueiredo, Sandra Maria Cabral Miranda em processo no qual era acusada de ser imparcial nos pareceres eleitorais por ser amiga do prefeito da cidade, Fernando Vieira (PR).
A acusação foi levantada pelo segundo colocado nas eleições de 2008, Romeiro Mendonça, que move processo contra Vieira pedindo a cassação dele. No julgamento de ontem, o jurista Mário Augusto da Costa Marques, relator do caso, afirmou que Romeiro não conseguiu provar qualquer ligação de amizade entre a promotora e o prefeito. Além disso, Romeiro também sustentava que havia indicação de inimizade da Promotora contra ele.
Para o jurista, a acusação foi uma tentativa de desmoralizar a Promotora. "Me pareceu que é o requerente que tinha um sentimento de inimizade contra a promotora", alegou o jurista Mário Augusto. Durante o julgamento, o juiz Victor Liuzzi afirmou que já esteve no Município de Presidente Figueiredo atuando como magistrado e constatou problemas na comarca. "O município tinha um grande número de eleitores flutuantes e a Promotora teve atuação de destaque na ação que cancelou quatro mil títulos de pessoas que votavam em Figueiredo e não viviam lá. Se teve excesso, foi para o bem da Justiça Eleitoral".
A presidente do TRE-AM, Maria das Graças Figueiredo, afirmou que já havia feito correição na cidade e constatou várias fraudes em títulos. "Tinha o caso de 40, 50 títulos com o mesmo endereço. Fomos no local e a casa não cabia mais que cinco pessoas", afirmou. Liuzzi acrescentou que teve vários casos em que o endereço indicado pelo eleitor era de um supermercado da cidade.
"A Promotora saiu com uma máquina Polaroid para investigar os casos que resultaram no cancelamento de títulos", disse a desembargadora Maria das Graças.
(Fonte: Jornal A Crítica - 29.03.2011)