Risco de deslizamentos na orla de Parintins mobiliza Promotoria no município

Nesta quarta-feira, 19 de janeiro, a 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Parintins, reuniu dirigentes públicos para discutir questões sobre a orla do Município, banhada pelo rio Amazonas. Vários trechos estão comprometidos e possuem portos clandestinos, o que agrava o risco de deslizamentos. O terreno da orla, devido às fortes chuvas na região nessa época do ano, sofre constantes desbarracamentos, comprometendo residências e podendo desabar, causando acidentes mais graves.

Os Promotores de Justiça, André Seffair e Christianne Corrêa, em conjunto com o Vice-Prefeito, Messias Cursino, a Secretaria Municipal de Obras, representada por Luiz Geraldo Freitas Dias, o coordenador da Defesa Civil, Sebastião Luiz da Cunha Teixeira e o Agente Fluvial de Parintins, Capitão Hélio Sancler Santos de Menezes, organizaram ações emergenciais para conter a situação e evitar possíveis desmonoramentos. Eles visitaram o local e identificaram riscos de desabamento na área, o que comprometeria casas, embarcações e pessoas que transitam pela orla. A construção de portos ilegais em terrenos de moradores também foi identificada.

O vice-prefeito do Município, Luiz Geraldo Freitas Dias, informou que em novembro de 2010 a Secretaria de Estado de Infra-Estrutura do Estado do Amazonas (Seinf) aprovou o Decreto de Situação de Risco de toda a orla, com um projeto orçado em  R$ 6.000.000 (seis milhões de reais), mas afirma que o projeto, sob responsabilidade da empresa Laghi Engenharia, teve de ser reformulado, pois desde a aprovação do Decreto, em novembro do ano passado, a estrutura da orla já foi alterada.

A Promotoria recomendou algumas medidas a serem tomadas pela Prefeitura de Parintins até o início das obras, que iniciam no próximo verão, como impedir o tráfego de veículos pesados e limitar a passagem de pessoas nos trechos comprometidos, informar moradores das áreas o risco de desabamento, construir muros de alvenaria e mapear postos clandestinos na orla do rio Amazonas.
O prazo para que a Prefeitura inicie as medidas emergenciais é de 10 dias úteis.