Workshop debate Direito Sistêmico, nesta quinta-feira

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O Ministério Público do Amazonas (MPAM), por intermédio do Núcleo Permanente de Autocomposição (NUPA), realizará no dia 24/10, às 17h, no auditório Gebes Medeiros, na sede do órgão, o Workshop 'A Visão Sistêmica na Atividade Profissional face à complexidade social e resolução de conflitos’. O evento traz como palestrante o Juiz de Direito Alagoano Yulli Roter e tem a parceria da Start Up Mana’s, um grupo de mulheres que dissemina a constelação sistêmica.

Durante o evento serão levantadas situações que tornam os conflitos mais leves sob a ótica das constelações sistêmicas, estruturais e da intenção e como criar condições de mudanças para soluções de conflitos possibilitando o autodesenvolvimento. A iniciativa do NUPA vai abrir novos caminhos para discussões mais profundas sobre um tema que vem ganhando importância em várias áreas de atuação com ênfase no Direito.

“O direito sistêmico que estamos trazendo para o conhecimento de membros, servidores e o público em geral, por meio da palestra com o magistrado Yulli Roter, vem para que nós possamos refletir que o pensamento linear não se sustenta mais nesse mundo pós-moderno. O pensamento sistêmico é muito relevante porque certos conflitos são tão complexos que é necessário que na fase antecedente se possa desconstruir esses emaranhados sistêmicos para que a gente possa efetivar a realização da transformação dos conflitos. O Dr. Yulli Roter será o facilitador nesta incrível aventura, ministrando o que há de melhor e mais moderno sobre Constelações Familiares”, disse a Coordenadora do NUPA, Promotora de Justiça Anabel Vitória Mendonça de Souza.

Constelação sistêmica

Direito Sistêmico é a denominação criada pelo juiz Sami Storch para o uso da técnica Constelações Familiares, sistematizada por Bert Hellinger no âmbito do Judiciário brasileiro, assim como o uso de posturas sistêmicas Hellingerianas na solução de conflitos judiciais. Constelação Familiar, também chamada de Constelação Sistêmica, é uma nova abordagem da Psicoterapia Sistêmica Fenomenológica criada e desenvolvida pelo alemão Bert Hellinger após anos de pesquisas com famílias, empresas e organizações em várias partes do mundo, buscando o diagnóstico e solução de problemas e conflitos. O resultado desses experimentos se transformou em um trabalho simples, direto e profundo que se baseia em um conjunto de “leis” naturais que regem o equilíbrio dos sistemas que o próprio Bert gosta de chamar de “Ordens do Amor”.

“A gente vai começar em grande estilo com essa parceria com o NUPA do Ministério Público do Amazonas e isso vai nos trazer força pra disseminar na sociedade, como cultura de constelação familiar, o reconhecimento do que a gente precisa enquanto consteladoras em relação ao compromisso do grupo”, disse a pedagoga Lourdes Souza, do grupo Mana´s.

Sobre Yulli Roter

Facilitador em Constelação Familiar e Organizacional, Yulli Roter Maia é Juiz de Direito em Alagoas e utiliza o direito sistêmico para resolução de conflitos perante a 2ª Vara Cível de União dos Palmares. O olhar sistêmico de Yulli Roter surgiu ao analisar um ato infracional análogo ao crime de estupro, no qual percebeu que a vítima, menor de idade, não teria o resultado esperado, pois o autor do crime teria mudado de residência e aquilo acabaria ali. Yulli Roter sentiu que a dor da menina estava além dos autos e que ela carregaria aquilo para o resto da vida. A partir deste ponto, o Juiz Yulli Roter utiliza das Constelações Familiares para tornar mais leves os conflitos de seus jurisdicionados.

Como professor de Direito Constitucional há mais de dez anos, Roter ministra o que há de mais moderno nas constelações sistêmicas em cursos preparatórios para concursos públicos. Em sua atividade de judicatura, dedica-se a introduzir o pensamento sistêmico, notadamente as “perguntas sistêmicas”, em audiências de conciliação, ocasião em que não são discutidos direitos das partes, mas sim são vistas as emoções subjacentes que levaram ao conflito.

 As inscrições podem ser feitas no link: 

 
Texto: Agnaldo Oliveira Júnior – ASCOM MPAM
Fotos: Gustavo Sanpi – ASCOM MPAM