Causador de colisão de motos que matou jovem grávida, na rua Maceió, é condenado a 8 anos de prisão

acidente moto

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) denunciou o condutor de uma motocicleta, causador do acidente que acabou na morte de Katilane Morais Vieira, na época com 22 anos de idade e grávida de cinco meses. O acidente aconteceu em julho de 2016, em um trecho da rua Maceió, zona centro-sul de Manaus. Hélio Veras Castro era o condutor da moto que causou o acidente.
O crime foi a júri na última terça-feira (27) e a tese apresentada pelo Ministério Público de que houve dolo eventual, pelas circunstâncias do fato, prevaleceu, condenando o réu a 8 anos de prisão em regime semiaberto. A defesa tipificava o crime como culposo, mas por maioria do Conselho de Sentença o réu foi condenado pelo crime de homicídio doloso. O autor da denúncia foi o Promotor de Justiça Rogério Marques, então titular da 20ª Promotoria de Justiça que atua no Tribunal do Júri. Quem defendeu a ação no plenário do Tribunal do Júri foi o Promotor de Justiça Alessandro Samartin de Gouveia.

No acidente, regisrado pela câmera de segurança de um condomínio próximo, as duas motos colidiram de frente. Katilane, que estava dirigindo a outra moto, foi socorrida, perdeu o bebê, entrou em coma profundo e faleceu dias depois. O réu subiu a rua Maceió pela contramão, em alta velocidade, próximo ao canteiro central. Segundo a perícia feita no local não existia marca de frenagem e a postura do condutor da moto no sentido contrário não permitiu que a vítima tivesse ação para desviar. Katilane era técnica de enfermagem estava indo trabalhar. O fato aconteceu por volta das 5h.

"A conduta do réu se equiparava à roleta russa, já que subir a Avenida Maceió em alta velocidade, pela contramão, seria o mesmo que colocar um bala no tambor de um revólver, girar, fechar e atirar. E nesse caso, a motocicleta foi a bala que matou a vítima disparada pelo réu." aponta promotor Alessandro Sanmartin.

Texto: Mariana Lima - ASCOM MPAM

Imagem: reprodução de câmera de segurança