MPAM vai promover pacificação de conflitos no bairro Colônia Antônio Aleixo

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O bairro Colônia Antônio Aleixo (Zona Leste) foi o primeiro a receber a visita do Núcleo Permanente de Autocomposição do Ministério Público do Amazonas, que atua, promovendo a pacificação de conflitos por meio da autocomposição. Lideranças da comunidade e jovens moradores participaram, na última sexta-feira, 2/07, do evento ‘Mediando a Gente se Entende’, promovido pela coordenação do Nupa, que pretende implantar uma sala de mediação comunitária no bairro, localizado na zona leste da cidade. O evento ocorreu nas dependências do Instituto de Amor Eurípedes Barsanulfo, no âmbito do projeto Gente Grande, da Associação Pequeno Nazareno, que acolhe jovens e crianças em situação de rua.

Na abertura do evento, a coordenadora do Nupa, Promotora de Justiça Anabel Mendonça de Souza, falou sobre os objetivos do Núcleo junto àquela comunidade, destacando a importância da participação comunitária na solução dos problemas que afligem a sociedade. “Este é um evento pioneiro e marca o primeiro passo do Núcleo Permanente de Autocomposição do Ministério Público do Amazonas rumo à nossa ambição maior de promover a pacificação social por meio da mediação de conflitos”, anunciou.

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Cerca de sessenta pessoas participaram do evento, dentre alunos do projeto Gente Grande e representantes de diversas instituições, como Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morham-AM), Liga Esportiva, Associação Espírita Beneficente Jesus Gonçalves, Paróquia Nossa Senhora das Graças, Escola Estadual Manoel Antônio de Souza, CRAS Colônia Antônio Aleixo, UBS Lago do Aleixo, 28º Distrito Integrado de Polícia e Companhia Interativa Comunitária (Cicom). O grupo de alunos, liderados pelo jovem Guilherme Souza da Silva, fizeram uma apresentação musical em homenagem aos presentes.

Ao término da abertura, as lideranças comunitárias presentes se reuniram com a coordenadora do Nupa, enquanto os alunos do projeto Gente Grande recebiam esclarecimentos sobre conflitos, mediação comunitária e técnicas de autocomposição, prestados pelos técnicos do Nupa, Giovana Fernandes e Bruno Ribeiro. Os jovens foram entrevistados pelos técnicos do Nupa e orientados sobre a pesquisa que eles deveriam fazer em casa, junto aos seus familiares, mediante questionário impresso, cujas respostas vão embasar a linha de atuação do Nupa no bairro. “Nossa ideia é verificar o que a comunidade pensa acerca da implementação de um núcleo de mediação no bairro e estabelecer o encontro de interesses”, resume a acadêmica de Direito Giovana Fernandes.

Na roda de conversa com os líderes comunitários, a promotora de Justiça Anabel Mendonça de Souza explicou os objetivos do Nupa junto àquela comunidade. “Queremos promover cursos de capacitação em mediação de conflitos porque a autocomposição é uma necessidade social que vem, exatamente, para pacificar a sociedade e atender à demanda crescente por Justiça, na perspectiva da democracia participativa, onde a comunidade assume o protagonismo na solução dos conflitos que afligem a população, de forma paralela aos serviços prestados pelo Estado”.

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Parceria Nupa / Pequeno Nazareno

A parceria do Núcleo Permanente de Automposição (Nupa) com a Associação Pequeno Nazareno é fruto da coincidência de interesses e de públicos visados. Enquanto a associação busca a emancipação social das crianças e jovens em situação de risco, o Nupa visa a pacificação social, por meio da mediação dos conflitos. “A Justiça que eu defendo é a que enxerga as pessoas e, com apoio desse projeto lindo, O Pequeno Nazareno, que traz esperança pra essa juventude aqui presente, queremos, também, estar mais perto da comunidade e contribuir, da melhor forma, para o apaziguamento social, promovendo a cultura da paz por meio da mediação de conflitos, declarou a coordenadora.

O Pequeno Nazareno é uma associação sem fins lucrativos, voltada ao acolhimento de jovens e crianças em situação de rua, que existe em Manaus há mais de dez anos. “Nossa preocupação é garantir a esses jovens as condições mínimas necessárias à mudança da condição social em que eles se encontram. Oferecemos uma alternativa à rua e, por meio de um trabalho multidisciplinar, conseguimos fazer com que esses jovens cheguem à idade adulta menos tímidos, mais seguros, com maior capacidade para disputar e conseguir sua inserção no mercado de trabalho. Hoje temos mais de 120 jovens trabalhando como Menor Aprendiz”, revela o coordenador Tommaso Lombardi.

Texto: Milene Miranda – ASCOM MPAM

Fotos: Mariana Lima – ASCOM MPAM