Promotorias da Infância e Juventude comemoram adoção de adolescente acolhido há 8 anos

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Em audiência realizada nesta quarta-feira, 17/07, no Juizado da Infância e Juventude Cível, foi concluída a adoção de um adolescente que permanecia no abrigo Aldeias Infantis SOS Brasil desde os seis anos de idade. A adoção é a quinta realizada no âmbito do projeto Encontrar Alguém, da Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Amazonas. As titulares da 27ª e 28ª promotorias de Justiça da Infância e Juventude, Nilda Silva de Souza e Vânia Maria Marinho, que atuaram no processo, comemoram a reinserção familiar, considerada difícil em razão da idade do adolescente.

Representando o Ministério Público na audiência, a Promotora de Justiça Vânia Marinho lembrou das muitas cobranças recebida do adolescente, que queria muito deixar de ser alguém 'sem família'. "A finalidade do nosso trabalho é o resgate, a reintegração da criança, seja na própria família, seja numa família substituta. O importante é que a família adotante esteja pronta para amar a criança e é isso que estamos presenciando hoje aqui. Então, pra nós, além da felicidade muito grande, a realização do nosso trabalho é o que nos gratifica", destacou.

A satisfação é a mesma para a Promotora de Justiça Nilda Silva de Souza, que também atuou no processo: "Estamos muito felizes, porque a gente convive com essas crianças e desenvolve afetividade por elas. Então, quando uma criança é encaminhada a uma família, especialmente no caso em questão, porque ele sonhava com isso, a concretização do sonho dele é um sonho que a gente também alcançou".

Durante a audiência, a coordenadora do Encontrar Alguém, a juíza da Infância e Juventude Rebeca Mendonça de Lima chegou a se emocionar, ao explicar para o adolescente que, conforme determina a lei, com 14 anos de idade, ele tinha direito de se manifestar sobre se aceitava ou não a adoção. Diante da mãe adotiva, o adolescente aceitou a adoção, limitando-se a um breve agradecimento "a Deus, à mãe, ao pai e à tia", que compõem agora a sua nova família.

"Essa adoção é a quinta, em um ano de existência do projeto, e mostra que todo o esforço para fazer um trabalho de conscientização e divulgação da história dessas crianças e adolescentes tem sido positiva. Estamos muito satisfeitos com o resultado, temos outros casos de adoção tardia em andamento e isso nos mostra que o trabalho vale a pena, que estamos conseguindo sensibilizar as pessoas e colocar essas crianças dentro de uma família", revelou.

Texto: Milene Miranda - ASCOM MPAM

Foto: Hirailton Gomes - ASCOM MPAM