Recomendação do MPAM mobiliza universidade na seleção de conselheiros tutelares de Guajará

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Uma recomendação do Ministério Público do Amazonas, por meio da Promotoria de Justiça de Guajará, feita à Prefeitura Municipal local, resultou na parceria daquele Poder Público com a Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape), instituição vinculada à Universidade Federal do Acre (Ufac), na elaboração das provas escritas do processo de seleção dos novos conselheiros tutelares locais. A instituição, contratada pela Prefeitura, aplicou as provas nesta terça-feira (8/7).

Segundo o Promotor de Justiça Iranilson de Araújo Ribeiro, a opção pela Ufac se deu em razão das questões geográficas e logísticas que inviabilizam a participação de instituições públicas de ensino do Amazonas. Guajará é o município mais distante da capital do Estado, localizada a 1.487 km de distância de Manaus. Diante disso, o titular da PJ de Guajará buscou e prontamente recebeu apoio da coordenação do curso de Direito da Ufac, em Cruzeiro do Sul, cidade vizinha a Guajará, para a elaboração da prova escrita.

“Os desafios para quem atua na proteção à infância e juventude vêm aumentando a cada ano, em razão do recrutamento de adolescentes pela criminalidade organizada, do aumento de casos de negligência familiar e de crimes contra a dignidade sexual contra crianças e adolescentes, o que exige o aprimoramento do processo de seleção dos novos conselheiros tutelares. A participação da Ufac/Fundape neste processo, demonstra o comprometimento da instituição com a região do Vale do Juruá e será um salto de qualidade na seleção dos futuros conselheiros tutelares”, afirma Iranilson de Araújo Ribeiro, promotor de Justiça titular da PJ de Guajará.

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“Estamos orgulhosos de construir, junto com Ufac, MPAM, CMDCA e Prefeitura, uma solução juridicamente segura para a seleção dos conselheiros tutelares, cuja atuação é fundamental à garantia dos direitos dos jovens de nossas comunidades, que muitas vezes acabam desassistidos, enquanto se deparam com problemas familiares e sociais de toda ordem”, destacou o professor Charles Borges Rossi, coordenador do Curso de Direito da Ufac/Floresta.

Texto: Arnoldo Santos - ASCOM MPAM

Fotos: Arquivo MPAM