Duas notas técnicas são aprovadas na reunião ordinária de março do CNPG

REUNIÃO MARÇO CNPG

 

Foram aprovadas duas notas técnicas na segunda reunião ordinária de 2018 do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG). Uma delas dispõe sobre a atuação do Ministério Público dos Estados e do Distrito Federal nos Tribunais Superiores, e a outra, sobre a fixação de diretrizes para a quebra de sigilos pelas Corregedorias ministeriais. As notas foram editadas em razão de propostas que estão em tramitação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).


Aprovada por unanimidade, a nota técnica sobre a Proposição n. 1.00582/2017-16, que "Dispõe sobre a atuação dos Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça", apresentada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, manifestou apoio à proposta de que os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal se organizem administrativa, financeira e institucionalmente, a fim de viabilizar e otimizar sua atuação frente aos Tribunais Superiores.


Apresentada pelo Ministério Público do Pará e também aprovada por unanimidade, a outra nota técnica trata de "diretrizes para orientações sobre a atuação da Corregedoria Nacional e pelas Corregedorias das Unidades do Ministério Público para a realização de quebra de sigilos em geral, como fiscal, bancário, telefônico e telemático". A nota será encaminhada ao CNMP com as diretrizes apontadas pelo colegiado, com o objetivo de aperfeiçoar os processos de quebra de sigilos em geral.

 

Representantes do CNMP participaram da reunião


Antes das deliberações, no início da reunião, a palavra foi cedida ao Corregedor Nacional, Orlando Rochadel Moreira, que expôs posições do órgão nacional sobre alguns temas, como o poder de requisição da Corregedoria Nacional e o rigor no trato de manifestações inadequadas de membros do Ministério Público nas redes sociais, demostrando a preocupação contra representações sem elementos de convicção feitas por Membros contra Membros. Em seguida, outros Conselheiros do CNMP utilizaram a palavra para expor assuntos de interesse das instituições.


Após a fala dos representantes do CNMP, o Presidente do CNPG e Procurador-Geral de Justiça de Santa Catarina, Sandro José Neis, manifestou sua preocupação com a avaliação das Corregedorias em relação às estruturas de apoio dos Ministérios Públicos – nas inspeções temáticas realizadas –, bem como ao uso de alguns conceitos e expressões abertas em prejuízo da segurança jurídica.


Neis destacou, ainda, a importância de uma recomendação ou de qualquer outra manifestação do CNMP a respeito da necessidade e da conveniência de que os Ministérios Públicos dos Estados tenham uma estrutura de apoio operacional e de representação em Brasília, a fim de que os Procuradores-Gerais possam receber o apoio do órgão nacional na implementação dessas estruturas, visando não apenas ao melhor desempenho de suas atribuições recursais junto aos Tribunais Superiores, mas também ao melhor desempenho das atividades representativas e de acompanhamento das atividades do CNMP.