Exército confirma apoio ao MP-AM contra a construção de presídio federal no Amazonas
- Criado: Sexta, 01 Dezembro 2017 14:35
- Publicado: Sexta, 01 Dezembro 2017 14:35
O Procurador-Geral de Justiça, Carlos Fábio Braga Monteiro, recebeu nesta quinta-feira, 30 de novembro, a confirmação de que o Exército também vai concentrar esforço para que o governo federal não construa uma unidade prisional federal no Amazonas.
A notícia foi confirmada durante encontro entre o PGJ e o Comandante Militar da Amazônia, General Geraldo Antônio Miotto, na sede do CMA, durante encontro entre as duas autoridades.
O General se comprometeu em levar os argumentos do Ministério Público Estadual ao alto Comando do Exército em Brasília, na próxima segunda-feira, 04 de dezembro, que reforçam o quanto seria negativo para a segurança pública caso a ideia seja concretizada.
Desde que foi veiculada a intenção do Ministério da Justiça em instalar o presídio federal no município de Iranduba, o MP-AM tem se posicionado contra o projeto.
No último dia 24 de novembro, o Procurador-Geral de Justiça foi à Assembleia Legislativa do Amazonas para debater o assunto em audiência pública. Ao fim da reunião, recebeu apoio incondicional de todos os deputados presentes, além de representantes da Defensoria Pública do Estado, Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Amazonas (OAB-AM), Câmara Municipal de Iranduba e ex-prefeitos do município.
“Nós acompanhamos um massacre absurdo no início do ano, tendo graves problemas com uma facção criminosa. O presídio federal se destina a receber os chefes de organizações criminosas que operam em todo o país, então vamos potencializar os riscos de situações como a do massacre ocorrido em janeiro, fora o fato de que esse presídio estará muito próximo dos maiores produtores de cocaína do mundo, o que contribuirá para o fortalecimento dessas facções, pois estarão mais próximos dos seus principais fornecedores de droga, seria como transformar essa unidade prisional em um escritório para o crime organizado dadas as facilidades de comunicação entre bandidos e produtores de drogas ”, alertou o Procurador-Geral na ocasião.