Júri - MP-AM obtém condenação de capitão da PM a 46 anos de prisão

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) obteve a condenação do capitão da Polícia Militar Jackson Gama Feitosa a 48 anos de prisão por triplo homicídio qualificado. No dia 4 de junho de 1998, o capitão, então praça, matou Júlio Smith Barbosa, Charles Smith Barbosa e André Correa Barbosa, os dois primeiros, pai e filho e o terceiro também da família. O julgamento aconteceu nesta quarta-feira, 8 de novembro de 2017.

"O veredicto do Júri foi de acordo com a vasta prova dos autos, onde ficou demonstrado que o acusado agiu deliberadamente e, manchando a farda que ostenta, praticou uma chacina familiar (pai, filho e sobrinho). Lamento o tempo decorrido entre o crime e a condenação, e o fato do réu ainda permanecer solto para recorrer, em atividade na função de segurança pública, mesmo depois de condenado pelo Plenário do Júri por um triplo homicídio duplamente qualificado", avaliou o Promotor Edinaldo Medeiros, titular da 16ª Promotoria de Justiça, com atuação junto ao 2º Tribunal do Júri, que conduziu a acusação.

Jackson Gama foi condenado a 16 anos de prisão por cada vítima, em regime fechado. Ele também perderá o cargo público. O juiz auxiliar Rafael Raposo, que presidiu o julgamento, não determinou o imediato cumprimento da pena, o que será requerido pelo MP-AM.

De acordo com o inquérito policial, as vítimas foram sequestradas durante uma blitz no bairro Alvorada, zona Centro-Oeste, comandada por Jackson Gama, com a participação de mais três policiais, todos à paisana. Os três foram executados e abandonados em uma área de mata no conjunto Tocantins. Os corpos foram encontrados no dia seguinte.