Congresso Nacional do MP, realizado em Belo Horizonte, inicia com palestra do ministro do STF Luís Barroso

 

CONGRESSO MP MG

 

Com o tema “Três décadas da Constituição Federal de 1988: os novos desafios do Ministério Público”, teve início na noite de ontem, 27 de setembro, em Belo Horizonte, o XXII Congresso Nacional do Ministério Público, promovido pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e pela Associação Mineira do Ministério Público (AMMP).

Na abertura, o presidente executivo do Congresso e vice-presidente da AMMP, promotor de Justiça de Minas Gerais Enéas Xavier Gomes, e o presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG) e procurador-geral de Justiça de Santa Catarina, Sandro José Neis, falaram sobre os atuais desafios do Ministério Público.

A presidente da Conamp, Norma Angélica Reis Cardoso Cavalcanti, apresentou a campanha #MinistérioPúblicoestáaqui, cujo objetivo é esclarecer a população sobre o papel do promotor de Justiça nas diversas áreas de atuação. A campanha utilizará ícones de localização, os chamados pins, para marcar ações do Ministério Público em todo o território nacional.

Em seguida, o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Antônio Sérgio Tonet, deu as boas-vindas aos participantes e apresentou o palestrante, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Com uma visão positiva sobre as mudanças ocorridas no Brasil nas três décadas seguintes à promulgação da Constituição Federal de 1988, Barroso reconheceu que ainda existem muitos problemas, mas afirmou que tivemos conquistas significativas como a estabilidade institucional e monetária, uma expressiva inclusão social e avanços em matéria de direitos humanos.

Na sequência, Barroso falou sobre o momento pelo qual o Brasil passa. Para ele, a corrupção não começou agora nem se restringe a determinados partidos, é sistêmica e generalizada. “A fotografia do momento atual é muito penosa, mas há uma imensa demanda da sociedade por integridade e é essa energia que muda paradigmas, apesar de tudo parecer tão difícil agora”, refletiu. O ministro destacou ainda a urgência de uma reforma política relevante, já que, segundo ele, o atual sistema é a principal causa do atraso do país.

 

CONGRESSO MG 2

 

(Com informações da Ascom/MPMG)