Com atuação do MP, dois homens são condenados por homicídios no bairro Nova Cidade, em Manaus
- Criado: Quinta, 22 Mai 2025 17:15
- Publicado: Quinta, 22 Mai 2025 17:15
Crimes ocorreram em 2012 e estavam ligados à disputa entre grupos criminosos rivais; penas dos condenados, que são irmãos, somam mais de 160 anos de prisão
Após denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), dois homens foram condenados, na última terça-feira (20/05), por homicídios qualificados e tentativa de homicídio cometidos em 2012, no bairro Nova Cidade, zona norte de Manaus. A sentença foi proferida pelo Tribunal do Júri da 1ª Vara, no Fórum Ministro Henoch Reis.
Os réus, que são irmãos, receberam as seguintes penas: um foi condenado a 74 anos de prisão, enquanto o segundo, que possuía condenações anteriores por homicídio, recebeu pena de 89 anos, quatro meses e 17 dias de reclusão. A diferença na dosimetria das penas se deve à reincidência criminal de um dos acusados.
A denúncia, baseada em inquérito policial, apontou que vítimas e acusados pertenciam a organizações criminosas rivais envolvidas com o tráfico de drogas. Os crimes ocorreram na noite de 21 de novembro de 2012 e resultaram nas mortes de dois homens e na tentativa de homicídio contra outros dois.
Durante a sessão, o Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça Marcelo Bitarães de Souza Barros, defendeu a condenação com base nas qualificadoras de motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e prática do crime para assegurar a impunidade de outro. As defesas dos acusados sustentaram a negativa de autoria e, de forma subsidiária, requereram a retirada das qualificadoras.
Um dos réus participou do julgamento, conduzido pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), e negou envolvimento no crime. O outro não foi localizado, encontra-se foragido e possui três mandados de prisão em aberto. Com a condenação, o juiz Diego Daniel Dal Bosco determinou a expedição de um novo mandado de prisão, já publicado no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Texto: Poliany Rodrigues
Foto: Raphael Alves/TJAM