Trabalho do Gaeco/MPAM, que apurou desvio de R$ 22 milhões no interior do Estado, é destaque em publicação nacional

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Grupo atuava com a finalidade de fraudar licitações e desviar dinheiro. Ao todo, 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Presidente Figueiredo, Parintins e Manaus

Publicação do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil (MJSP), a revista nacional “Casos Lab-LD” trouxe, entre os destaques, uma investigação conduzida pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), via Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que apurou desvio de dinheiro no interior do Estado superior a R$ 22 milhões. O caso está presente na edição comemorativa dos 10 anos da Rede Nacional de Laboratórios de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (Rede-LAB) e é narrado pelo ex-coordenador do grupo no Amazonas, o promotor de Justiça Igor Starling.

A investigação, que se deu por meio da operação “Cachoeira Limpa”, teve como alvo uma organização criminosa com foco na administração pública de um município do Amazonas. O objetivo era “fraudar licitações e desviar dinheiro por intermédio de pessoas jurídicas ligadas a interpostas pessoas que agiam em benefício do gestor do município”.

Dessa forma, o Laboratório de Lavagem de Dinheiro (Lab-LD) do Gaeco-MPAM produziu relatórios de análises financeiras que, a partir de medida cautelar de quebra do sigilo bancário deferida pela Justiça, revelaram relação financeira suspeita entre as empresas que participaram dos mesmos certames licitatórios. Os documentos ainda apontaram a utilização de conta única por meio da qual as empresas não só pagavam as contas umas das outras, como também quitavam as contas pessoais do gestor municipal investigado.

Entre as infrações detectadas, estava fraude ao caráter competitivo do procedimento licitatório, peculato e corrupção. Além dos mais de R$ 22 milhões desviados, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades de Presidente Figueiredo, Parintins e Manaus, totalizando um contingente de aproximadamente 80 policiais.

A publicação do caso analisado pelo nosso Lab-LD mostra a qualificação e o trabalho de excelência realizado pelos núcleos desta coordenadoria, nesse caso, em um desvio que superou R$ 22 milhões de reais", avaliou o coordenador do Gaeco/MPAM, o promotor de Justiça Leonardo Tupinambá.


Texto: Lennon Costa
Foto: Hirailton Gomes