Maio Laranja – MPAM participa de mutirão para acelerar processos de crimes sexuais contra crianças e adolescentes

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Em resposta à pandemia, que prejudicou o andamento de processos judiciais, Promotores de Justiça participaram do “Mutirão Justiça pela Dignidade”

De 24 a 28 de abril de 2023, Promotores de Justiça da área de Proteção de Crianças e Adolescentes Vítimas de Crimes Sexuais atuaram no “Mutirão Justiça pela Dignidade”, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), para acelerar processos relacionados à crimes sexuais contra crianças e adolescentes que tramitam na 1ª Vara Especializada em Crimes contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes. A iniciativa é uma resposta à necessidade de dar uma solução aos casos que ficaram prejudicados por causa da pandemia.

O Promotor de Justiça Rodrigo Miranda Leão Júnior, que responde pela 103ª Promotoria de Justiça, fez 30 audiências no período do mutirão, com média de seis por dia. Ele destaca que o trabalho não foi fácil, mas foi importante para garantir que as vítimas tenham pleno acesso à Justiça.

“Estamos fazendo a nossa parte para acelerar o trâmite dos processos que ficaram prejudicados por causa da pandemia e resolver as questões para dar uma solução aos envolvidos nesses processos”, declarou o Promotor de Justiça Rodrigo Leão.

Um dos problemas que chamaram a atenção do Promotor de Justiça durante o mutirão foi o “desamparo terapêutico e financeiro das vítimas”, que precisam mudar de casa para sair de perto do agressor. Ele destaca que é importante que as autoridades atuem para garantir que as vítimas tenham acesso aos recursos necessários para reconstruir suas vidas.

Para o Promotor de Justiça Adriano Alecrim Marinho, que também atuou durante os cinco dias de mutirão, embora amplamente conhecidas pela sociedade em geral, processos que tratam deste tipo de crime têm algumas características bastante marcantes.

“A circunstância que mais me chamou atenção foi o fato de que o agressor era sempre alguém próximo da vítima, muitas vezes parente. E muitas vítimas ficaram com traumas, mesmo depois de anos do ocorrido”, disse o Promotor de Justiça Adriano Marinho, titular da 69ª Promotoria de Justiça.