Promotores de Justiça retornam a escolas públicas com o Projeto MP nas Escolas

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Cerca de 500 estudantes da Escola Estadual Ruy Araújo participaram de palestras proferidas pelos Promotores de Justiça João Gaspar Rodrigues e Renata Cintrão

O Projeto MP nas Escolas, do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), volta a colocar Membros do Ministério Público do Amazonas (MPAM) em contato com estudantes da rede pública de ensino do Estado. Na manhã de hoje, 25/4, os Promotores de Justiça João Gaspar Rodrigues e Renata Cintrão foram recebidos, por cerca de 500 estudantes de ensino médio da Escola Estadual Ruy Araújo, no bairro Cachoeirinha, Zona Centro-Sul de Manaus. Os Promotores de Justiça falaram sobre o Ministério Público e sua atuação e sobre o enfrentamento aos recentes eventos de violência nas escolas.
“Vocês não imaginam a satisfação que é estar aqui! É rejuvenescedor entrar em contato com tantos jovens estudantes, é uma injeção de ânimo para qualquer instituição, para qualquer pessoa. O Projeto MP nas Escolas tem três objetivos principais: conhecer a escola, os estudantes, professores e gestores, seus desafios e anseios; trazer o Ministério Público para que vocês o conheçam e para que, inclusive, aqueles jovens que se interessem possam ser nossos futuros Promotores e Promotoras de Justiça e, em terceiro lugar, para criar e manter um canal de diálogo”, disse o chefe do Ceaf, Promotor de Justiça João Gaspar Rodrigues.

A Promotora de Justiça Renata Cintrão, que atua na 55ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos à Educação (55ª PRODHED), explicou o trabalho do Ministério Público na área da Educação e na defesa dos Direitos Humanos, o que surpreendeu alguns estudantes, como Neysson Teixeira, de 16 anos, aluno do segundo ano do ensino médio, que “não sabia que existia Promotor de Justiça de Educação”. Para ele, assim como para muitos estudantes, a figura do Promotor de Justiça seria restrita à acusação nos julgamentos do Tribunal do Júri, como visto em filmes e séries de serviços de streamings, que retratam apenas parte da atuação mais tradicional do Órgão e não toda a abrangência das funções dos Promotores de Justiça, que, com a Constituição Federal de 1988, a Constituição Cidadã, foram incumbidos da defensa dos direitos sociais e individuais indisponíveis.

“Temos divulgado bastante o trabalho do Ministério Público, e o trabalho realizado no Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH), composto por Promotores de Justiça de todo o Brasil, com representantes de todos os estados. O grupo está, cada vez mais empenhado em mostrar esse trabalho do Ministério Público na defesa dos direitos humanos, não só da Educação, mas da Saúde, das Pessoas com Deficiência, dos Idosos, Violência Doméstica e Infância e Juventude e demais Direitos humanos”, relatou Renata Cintrão.

Para a gestora da Escola Ruy Araújo, Ticiana Boh, a comunidade escolar recebeu muito bem o Ministério Público, tanto pela curiosidade que o Órgão desperta entre os jovens, que devem, em breve, escolher uma área de formação no ensino superior, quanto pelos recentes eventos de violência em escolas.
“Temos trabalhado intensamente a questão da violência e a cultura da paz. Nossos alunos são receptivos a esses temas. Na escola, os alunos se sentem em casa, eles passam o dia todo aqui e querem aconchego e paz. O Ministério Público trouxe, também essa mensagem de paz e é muito bem-vindo”, disse Ticiana Boh.