Plataforma de avaliação de desempenho funcional do MPAM já tem mais de 1500 avaliações em um mês de uso

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Uma grande mudança na avaliação de desempenho funcional de Membros e servidores do Ministério Público do Amazonas (MPAM) está sendo testada com a implementação da ferramenta Meritocracity. Com a ferramenta, qualquer pessoa, independente de categoria, de ser chefe ou outro integrante de equipe, avalia outras e é avaliada, de maneira anônima, dinâmica e democrática. Se o leitor é Membro ou servidor da Casa, não é impossível que já constem avaliações dele no banco de dados da Meritocracity. A primeira avaliação foi feita pelo Diretor de Administração do MPAM, Frederico Jorge de Moura Abrahim, primeiro usuário cadastrado no sistema, no dia 03/08. Hoje, 09/09, a Meritocracity tem 41 usuários cadastrados e 1517 avaliações.

"Nossa ferramenta tem a oportunidade de quebrar aquele ciclo que normalmente já acontecia. Como a legislação estabelecia essa avaliação? Uma vez ao ano para fazer a avaliação dos servidores públicos. Puxa, mas avaliar um servidor público com todo o trabalho que ele faz durante 365 dias num único dia de trabalho seria uma maldade. Nossa ferramenta permite quebrar um ciclo, que era muito grande, em pequenos ciclos e aí trazer mais verdade para as avaliações", explicou Oscar Moreira, Diretor de Marketing da startup amazonense Meryt, desenvolvedora da Meritocracity.
A nova forma de avaliar o desempenho funcional no MPAM foi formalizada por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto Brasil de Estudos, Pesquisa e Gestão Estratégica de Competências, assinado no dia 14/08. Antes da assinatura, o recurso foi testado por uma semana, na qual foram registradas mais de 400 avaliações internas.

De acordo com o Termo de Cooperação celebrado, a Meritocracity não trará custos ao MPAM, que será a primeira instituição pública do Estado a testar oficialmente a plataforma. A contrapartida que o MPAM oferecerá à Meryt é o ambiente institucional para validação da plataforma, agregado ao grande reconhecimento e confiança que o Órgão tem junto à sociedade, o que se refletirá em confiabilidade para ferramenta e consequente monetização, desde que ela funcione como se espera.

"É uma faca de dois gumes. Startups lidam com modelos de negócios baseados na incerteza e de alto risco. Pode ser que o sistema não funcione como o esperado e, nesse caso, todo o peso do MPAM pode ficar contra nós. São variáveis imprevisíveis, por isso estamos testando, vamos testar em outros órgãos também", explicou cofundador e Designer sênior da Meryt, Lucas Prado.

De acordo com Prado, a ferramenta será testada em órgãos públicos municipais, estaduais e federais ligados aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e mesmo em Agências Nacionais, empresas públicas e cartórios. Para ele, cada órgão tem sua dinâmica própria, o que requer uma particularização das opções da plataforma, que pode, por exemplo, atribuir pesos diferentes às avaliações de acordo com níveis hierárquicos. No MPAM a Meritocracity segue um modelo planificado, com igual peso para todas as avaliações.

"Considerando a imagem que as pessoas têm do serviço público e a resistência às avaliações de desempenho, considero a dinâmica no MPAM intensa e além das expectativas. Nunca esperávamos atingir esses números no primeiro mês, sem nenhum tipo de recompensa ou coerção", avaliou.

As avaliações feitas por meio da plataforma desenvolvida pela Meryt não substituirão as avaliações funcionais existentes no MPAM, mas alimentarão um grande banco de dados que pode complementar as avaliações funcionais, produzindo indicadores mais precisos.

Membros ou servidores do MPAM podem se cadastrar na Meritocracity pelo link: https://app.meritocracity.com/register