SP: Maioria dos crimes sem autoria definida fica sem apuração
A impunidade para os crimes de homicídios no Brasil vai além dos 80% de pedidos de arquivamento para os inquéritos abertos até 2007. Levantamento do pesquisador Sérgio Adorno, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, revelou que entre 20% e 40% dos casos de assassinatos levados às delegacias paulistas sequer se tornam inquéritos. E as vítimas tem endereço certo: bairros pobres da periferia e favelas.
Adorno se debruçou sobre 344 mil boletins de ocorrência para revelar que apenas 6% são transformados em inquéritos. Em caso de homicídio, de 60% a 80% viram inquéritos, mas a maioria dos crimes sem autoria definida fica sem apuração. E aponta a desigualdade no tratamento dados aos pobres mortos. O estudo foi realizado sobre os anos de 1991 a 1997, mas o pesquisador, que estuda a impunidade há dez anos, disse acreditar que a realidade nas delegacias não tenha mudado.
Os homicídios investigados são os que têm autoria conhecida. Casos que envolvam um corpo que foi encontrato, uma vítima do tráfico de armas ou o crime organizado raramente são investigados. Em geral se argumenta que não há provas nem elementos. Se o policial é vítima, há todo o empenho para fazer a investigação. Se é um suspeito, aquela figura do "criminoso suspeito", em geral não é investigado. Muitas vezes tem auto de resistência ou suspeita com o crime organizado que não são investigados. É como se houvesse um forte desestímulo à investigação.
Adorno afirma que a maioria dos casos é amparada por testemunhas, que acabam sumindo. Esse sumiço se explica pela lei do silêncio que impera nos bairros pobres sem amparo do Estado. "A justiça não é igual para todos. As pessoas ficam muito descrentes. As famílias pobres que não tem condições de buscar a segurança privada, se apoiam nos poderosos do bairro. Então, vai depender das milícias, das lideranças do crime organizado, o que é grave", completa.
O arquivamento revela a deficiência não da meta 2, mas do modelo de investigação. "É importante fazer com que a investigação seja feita. Não cabe só a polícia o papel de má nessa história, se o Ministério Público não for fundo, a meta 2 vira procedimento administrativo, nada mais. Toda vez que se arquiva um inquérito, deixa-se impune o autor de um crime".
(Fonte: Jornal O Globo)
Estado do Rio arquiva 96% dos inquéritos de homicídio
Diante da meta do Conselho Nacional do Ministério Público - concluir os inquéritos de homicídios dolosos abertos até 2007 - promotores brasileiros escolheram o caminho mais curto: arquivaram em massa, para chegar a dezembro com prateleiras vazias.
O Rio engavetou 6.447 casos, 96% dos examinados e 51% do total de arquivamentos do país. Com isso, evidências foram ignoradas e crimes ficaram impunes.
(Fonte: Jornal O Globo)
Julgamento do processo que cria cargos de assessores jurídicos de Promotores é adiado
Presidente do GNCOC elogia medida do PGJ
O Presidente do GNCOC, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, Procurador Geral de Justiça da Paraíba, elogiou as medidas adotadas pelo Procurador Geral do Amazonas, Francisco Cruz, a propósito do episódio ocorrido no município de Presidente Figueiredo, onde uma pessoa foi morta durante uma operação policial conjunta da polícia civil e Ministério Público.
Na próxima reunião do Conselho Nacional de Procuradores Gerais, será julgado o processo que trata da "uniformização e limites de atuação do MP em operações policiais", sob a relatoria da Procuradora Geral de Justiça do Ceará, Maria do Perpétuo Socorro França Pinto. A reunião ocorrerá no dia 29 de setembro, em Recife.
Novo posto da Caixa Econômica Federal no MP-AM será inaugurado no dia 16 de setembro
As obras de instalação do posto continuam neste final de semana para receber os equipamentos do novo prestador de serviços bancários do MP-AM. A partir deste mês, a Caixa Econômica Federal será o banco oficial do órgão. Com o fim do contrato com o Banco Itaú e diante da necessidade da contração de novo banco, a CEF foi a instituição que apresentou melhor proposta com vantagens comparativas em taxas e serviços para membros, servidores e pensionistas.
Falta de aumento revolta Ministros do Supremo Tribunal Federal
Judiciário quer reajuste de 14,75%, o governo considera impossível e o impasse pode gerar uma crise institucional.
O judiciário revindica reajuste de 14,7% e a Presidente Dilma havia concordado em conceder 5%. A revolta dos Ministros do Supremo Tribunal Federal levou o governo a rever a proposta orçamentária para 2012 e estudar a inclusão de uma previsão de aumento salarial para os membros do Poder Judiciário. A equipe econômica do governo federal considera a demada impraticável por três motivos: onera os cofres públicos, provoca efeito cascata em outras categorias e aumenta a pressão de servidores não contemplados. Um aumento dessa dimensão contraria o discurso do governo de austeridade nos gastos públicos.