Manaus, 23 de julho de 2009 (CNPG) - A criminalidade organizada, a evasão de divisas, a lavagem de dinheiro, o trabalho escravo e o tráfico internacional de pessoas e drogas estão entre os principais focos de combate do novo Procurador-Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel. A solenidade de posse foi realizada na manhã de ontem, com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Ministros de Estado, parlamentares, autoridades do Ministério Público e do Poder Judiciário lotaram o auditório JK da Procuradoria-Geral da República. O Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG), foi representado pelo seu Presidente, o Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios, Leonardo Azeredo Bandarra.

O Presidente da República destacou que é preciso que o Ministério Público continue a ter liberdade para defender os direitos da sociedade e contribuir para o aprimoramento da Justiça brasileira. Lula contou que não conhecia nenhum dos três Subprocuradores-Gerais da República indicados para lista tríplice pela Associação Nacional dos Procuradores da República. “Escolhendo pela quarta vez o mais votado, quero reforçar a independência e a solidez do Ministério Público”, ressaltou.

Ele afirmou, ainda que, o Estado Democrático de Direito tem se consolidado cada vez mais, e que a sociedade brasileira está mais consciente de seus direitos. “Tenho a convicção de que o Ministério Público continuará servindo a única autoridade a que deve responder - a sociedade brasileira”.

O Procurador-Geral Roberto Gurgel disse que a luta contra a corrupção prosseguirá sem trégua. “A confirmação da capacidade investigatória do Ministério Público, sem a pretensão de substituir a polícia, eleva-se à condição imprescindível para o cumprimento pleno dos deveres constitucionais da instituição”.

Em seu discurso de despedida, Antonio Fernando de Souza, que ocupou o cargo de Procurador-Geral da República por quatro anos, afirmou que o trabalho do Ministério Público é orientado para propiciar cidadania e colaborar para uma sociedade justa e pluralista. “Dediquei esforços no sentido de atender às demandas da sociedade e no respeito à coisa pública”. Para Antonio Fernando, a escolha do seu sucessor pelo Presidente da República exterioriza o desejo de manter a linha independente do Ministério Público.