MPE de Goiás e Plicia Civil deflagram em ação conjunta desvio de recursos da saúde | ||
|
||
MP e Polícia Civil deflagram ação conjunta contra desvio de recursos da saúde, corrupção e tráfico de influência
Manaus, 18 de dezembro de 2008 (MPE-GO) - O Ministério Público de Goiás e a Polícia Civil realizaram na última terça-feira (17/12) uma operação conjunta que resultou na prisão de acusados de desvio de recursos da saúde, corrupção e tráfico de influência. Durante todo o dia, os cinco suspeitos presos foram ouvidos pelo delegado Celso Eusébio Ferreira, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Derccap), e por integrantes do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRC) do MP, no edifício-sede da instituição. Como as informações colhidas nos depoimentos foram suficientes para instruir a investigação, o MP pediu a revogação da prisão dos acusados e eles foram liberados no início da noite.
Ao todo, segundo explicou o procurador-geral de Justiça, Eduardo Abdon Moura, foram expedidos pela Justiça, além dos 5 mandados de prisão, 20 ordens de busca e apreensão, tendo como base indícios apurados numa investigação iniciada há cerca de oito meses. Entre as irregularidades detectadas até agora estão o encaminhamento direcionado de pacientes para Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de determinados hospitais da rede privada conveniados ao SUS, mediante pagamento de propina; favorecimento de serviços de ambulância, também com pagamento de vantagem indevida, e, ainda, venda de guias de internação, as chamadas Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs). Segundo as investigações, há o envolvimento de médicos, servidores de hospitais públicos (o Hospital de Urgências de Goiânia) e funcionários das unidades particulares.
Coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAO) do Cidadão, o promotor Marcelo Celestino informou que os valores desviados dos cofres públicos ainda estão sendo apurados. Conforme destaca uma "Nota à Imprensa" divulgada pelo MP, um dos grandes danos causados pelo esquema criminoso apurado na investigação é a oneração desnecessária dos serviços de saúde com, por exemplo, a manutenção em UTIs além do tempo necessário de pacientes já restabelecidos.
Marcelo Celestino lembra que a fiscalização sobre a correta aplicação dos recursos da Saúde é a meta prioritária de atuação do MP de Goiás em 2008, ressaltando que a questão vai continuar a ser tratada como prioritária pela instituição nos próximos anos, conforme estabelecido no seu recém-divulgado Plano Estratégico, com ações previstas até 2022.
Fonte: Assessoria de Imprensa do MPE de Goiás.