Manaus, 07 de agosto de 2009 (MPE-AM) - No dia 22 de julho, a população do Careiro acompanhou a concretização da Justiça numa sessão do Tribunal do Júri na comarca município, que fica a 24 km de Manaus. O Ministério Público Estadual teve participação decisiva, representado pela Promotora de Justiça, Vânia Marques Marinho. A sessão aconteceu no Plenário da Câmara municipal, sob a presidência do juiz de Direito, Francisco Pessoa Almada.

A tese da acusação, de cometimento de crime por meio cruel, prevaleceu sobre a da defesa, que alegou negativa de autoria. O desfecho do julgamento foi a condenação do réu a 42 anos de reclusão.

Crime encomendado
O acusado, Olgaci Oliveira da Cunha, mediante promessa de recompensa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), contratou Joel Araújo de Souza para executar o assassinato do fazendeiro Paulo Nomura, por desentendimentos quanto à demarcação de espaços agrários.

No dia 06 de dezembro de 2007, por volta das duas horas da madrugada, na comunidade Mamuri, Zona Rural do Careiro, o contratado submeteu a vítima e seus familiares a intenso sofrimento físico, golpeando-os inúmeras vezes com uma “travessa de madeira” (perna-manca). Em virtude do espancamento, o fazendeiro veio a falecer e seus familiares só sobreviveram porque fingiram estar mortos.

Pelo homicídio, foi fixada a pena base em 18 anos de reclusão e de 12 anos de reclusão para as duas outras tentativas de homicídios. Somadas, chegam a 42 anos de reclusão, com o início da pena a ser cumprida no regime fechado.

Assessoria de Comunicação - MPE