A 56ª Prodedic investiga benzetacil aplicado em crianças que, em reação ao remédio, apresentam abcessos, dores e febre
Manaus, 12 de Dezembro de 2008 – A 56ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa dos Direito Constitucionais do Cidadão (56ª PRODEDIC) recebeu, no mês de novembro, denúncia de que um medicamento por nome “Benzetacil”, lote 1100200, data de validade 05/10, utilizado em crianças com sintomas de virose no SPA da Zona Norte, no mês de maio, supostamente ocasionou abscessos e outras reações, como: dores, febre, área arroxeada onde aplicada injeção e falta de sensibilidade na região.
Os registros dos atendimentos e queixas estão todos no processo para a avaliação do caso. O Promotor Titular da 56ª Prodedic, Dr. Mirtil Fernandes do Vale, oficiou à Fundação de Vigilância e Saúde (FVS), à Secretaria de Saúde do Estado, bem como à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com o titular da 56ª Prodedic, “ao ser constatado o problema, a administração do SPA da Zona Norte deveria ter imediatamente informado à FVS para retirar o medicamento de circulação, o que não foi feito. A FVS só tomou conhecimento do fato no mês de novembro, através do nosso ofício”, explicou o Promotor de Justiça, Mirtil Fernandes do Vale.
Segundo ele, o objetivo é que outros responsáveis por crianças que apresentaram reações à medicação no SPA da Zona Norte compareçam ao MPE do Amazonas, Av. Coronel Teixeira – 7995 – Nova Esperança, onde poderão dar depoimentos e contribuir para o andamento do procedimento que será instaurado.
Depoimento
Em depoimento, uma das denunciantes, a Sra. Mônica Patrícia, mãe de duas crianças, relata que levou seus dois filhos ao SPA da Zona Norte no mês de maio deste ano porque apresentavam febre e sintomas de gripe. Em um dos seus filhos foi aplicado Benzentacil em injeção e Dipirona, além de nebulização.
No mês de Junho, surgiu na região do glúteo um pequeno arroxeado que se agravou no mês de julho. Retornou no mês de agosto onde foi atendida por um outro médico que disse que o corpo da criança não havia aceitado a medicação. A situação não foi resolvida, a direção do Hospital se propôs a buscar a criança e transportar até o SPA para fins de realização de curativo.
A Sra. Mônica informou que durante as sessões de curativo no SPA da Zona Norte encontrou outras mães que estavam passando pela mesma situação, além de ter sido incentivada nos corredores do próprio SPA, a não desistir de investigar o remédio aplicado nas crianças.
Anexo ao procedimento a 56ª Prodedic recebeu das mães um frasco da substância, cujo lote foi acima citado, e está encaminhando para análise.
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